tag:blogger.com,1999:blog-49211035894357437262024-03-07T04:47:13.869-03:00Canteiro da Flor"Receba em teus braços o meu pecado de pensar."
(Clarice Lispector)Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.comBlogger183125tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-74891660319931471102019-03-09T13:27:00.000-03:002019-03-09T13:27:38.925-03:00Eu choro.<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Eu nunca pensei que sofreria preconceito. Sou uma parte ínfima da população: eu sou branca. Estudei em colégio particular católico. Nasci e cresci em uma família que nunca passou necessidade de nada. Ganhei um carro aos 18 anos. Comecei a trabalhar igualmente aos 18 anos e nunca mais parei. Moro sozinha. Pago minhas contas em dia. Tenho um excelente trabalho. Percebo de forma até constrangedora o quanto sou privilegiada, o quanto sempre pude ter e fazer tudo o que eu desejei. Eu nunca imaginei inocentemente que em algum momento eu pudesse passar por situações que pudessem me ofender sem que eu tivesse realizado algo fora do que é aceitável. Engano meu. Sempre pensei que se caso sofresse algo seria por ter tido todos esses privilégio. Engano! Privilegiada que sou, pude ter acesso a alguns coletivos que me fizeram aprender um pouco sobre humanidade, diversidade, caráter, vida comunitária e socialismo. Privilegiada que sou, conheci a umbanda, descobri que possuo um amor maior pelos meus orixás. Pouco depois descobri o Omoloko, raiz do candomblé, comecei a amar ainda mais essa energia incomum, trazida pelos negros africanos, vivida com muito sangue derramado pela doutrinação. Mas isso ainda não havia me machucado, privilegiada que sou.</span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"></span><br /></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Ingênua que sou e igualmente crédula no ser humano não imaginei que com uma transição de governo eu iria experimentar o que outras tantas pessoas vivenciam diariamente de forma sofrida! Com a posse do então presidente ficou escancarado todos os sentimentos aprisionados por pessoas que não conseguem entender e saber sobre sua responsabilidade de posicionamento no mundo. Criaram um mito. E esse mito trouxe a possibilidade de se questionar a liberdade das pessoas de pensar diferente! Pois bem, com meus 32 anos, pude vivenciar a ruptura do desejo básico do ser humano, no meu entendimento, ser amado e amar. Me pergunto aos litros de choro, o que é bem a minha cara: Como é possível que as pessoas se permitem a não tolerância? Quanto custa na medida da vida a supressão do amor pelo desrespeito ao outro pelo simples fato de não se pensar igual? O quanto estamos desperdiçando de vida em nome de algo que é um retrocesso tamanho?! Como nos permitimos não ouvir o outro, não argumentar com educação e clareza? Onde isso se perdeu? Como eu me permiti falar aos berros algo que me dói e continuar a dizer que eu creio na tolerância e no amor? Não creio mais. Hoje não. Ainda que muito inferior a qualquer outro problema humanitário, sinto uma dor profunda por ser um pouquinho (bem pouco!) diferente. E com essa sensação que me coloco no lugar das mulheres, dos homens e mulheres negros, dos homossexuais, dos deficientes que não podem ter seu direito de existir respeitados e cada vez mais são colocados amordaçados por essa sociedade. </span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"></span><br /></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Onde isso vai parar? Quando teremos paz de existir livremente e amar seja lá qual for sua decisão de amor? Até quando iremos nos comunicar aos berros? Algum dia alguém conseguirá ouvir os berros? </span></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;"></span><br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4u_m7ZHVdyZVr9LLB2kxYFudIR_AWUzcbm6pYPNq-7ryk7rYs3LB4AFEUmrpgxsXi4Vy64O3RnIrz9D0umL6LLi3GeWqcDblg8Amgpp01i0uKYYFE_-4QQmC-nWUe-IjbyAkl6UZCCJE/s1600/154D43DB-A1DA-4C00-933C-9A59195E2F32.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4u_m7ZHVdyZVr9LLB2kxYFudIR_AWUzcbm6pYPNq-7ryk7rYs3LB4AFEUmrpgxsXi4Vy64O3RnIrz9D0umL6LLi3GeWqcDblg8Amgpp01i0uKYYFE_-4QQmC-nWUe-IjbyAkl6UZCCJE/s400/154D43DB-A1DA-4C00-933C-9A59195E2F32.jpeg" width="300" /></a></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<br /></div>
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal; min-height: 20.3px;">
<br /></div>
<br />
<div style="color: #454545; font-family: ".SF UI Text"; font-size: 17px; font-stretch: normal; line-height: normal;">
<span style="font-family: ".sfuitext"; font-size: 17pt;">Hoje eu me sinto imensamente triste. Hoje eu chorei copiosamente, não só por mim, mas pelo mundo. Hoje eu senti minha vida escoar, tive certeza que nosso destino será vermelho. </span></div>
Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-35482207729057077082016-09-16T12:00:00.002-03:002016-09-16T12:00:59.657-03:00Diálogos mentais.<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ele:
- Como você me percebe?</div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ela:
- Então...</div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
(Você não sabe. Não faz ideia do quanto você se faz presente
nos meus dias. As vezes, chega a ser inconveniente. Sabe aquela
conversa boba, de dia-a-dia? Eu sempre solto alguma coisa sua, sem
querer e quando vejo já falei em você de novo, como meu herói, meu
protetor, o chato mais amável do planeta, pela trigésima vez com a
minha estagiária. Sabe? Eu te vejo com vários sentidos e o
principal é o sentir em expansão. Confesso: temo que não caiba, em
mim, o tamanho que você assume. Te vejo enorme! Te vejo palpitar
rápido aqui dentro do peito. Vejo você percorrer por mim com uma
velocidade assustadora. As vezes, tomo um susto mesmo. Mas, todos os
dias me surpreendo. Você não sabe... Não faz ideia de como está
sendo bom dormir, de como existe um encaixe mágico nas suas costas e
como seu tamanho é o tamanho perfeito para as minhas pernas
encaixarem-se certinho nas suas ou do quanto eu sou grata por você,
cheio de “homismos e independências”, me ouvir, refletir e
escolher montar uma hortinha ou pensar no espelho de encostar, só
porque eu queria, porque queria, a hortinha e acho brega o espelho
grande de parede. Você não faz ideia de como é bom saber que você
está perto, mesmo que trabalhando louco e descabeladamente. É tão
bom ouvir depois do café da manhã de sábado você me perguntar se
eu não tenho que trabalhar e eu poder responder, sem ser tachada de
workholic, que “sim, seria bom trabalhar um pouquinho”. E,
depois, desmaiar de cansaço e acordar toda torta e com dores por ter
apagado no seu colo, no sofá. Você sequer imagina o quanto eu estou
mais próxima de mim, depois que te conheci. Te conhecer, me fez me
conhecer muito mais. Mais serena, mais resiliente, mais madura. Eu,
menina, te vejo e viro mulher, sem perder a esperança. Ta ai, rapaz!
Eu te vejo como a antiga esperança em viver um amor duradouro, calmo
e companheiro. E o que você não faz ideia mesmo é que eu tenho
vivido este amor todos os dias com a sua presença.)</div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
… eu te acho tão maduro. </div>
Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-1074758264098474892016-07-31T15:21:00.000-03:002016-07-31T15:21:07.688-03:00e no peito...<div style="text-align: justify;">
E, mais uma vez, um vazio se faz em meu peito. Eu diante de um colo bom. Que eu julgava ser meu lar. Colori o cinza das paredes com o máximo de cores que eu pude. Deixei meus braços à disposição. Mostrei meu riso, coloquei mesa, fiz banquete. Chorei. Menos que agora. Mas chorei de teimosia, por que doía ser dois. Fui aonde você quis. Conheci gentes muito legais que vai ficar aqui dentro por um tempo indeterminado. Me senti acolhida. Abri as janelas da minha segurança. Escancarei as portas, botei flor em tudo em quanto é lado, principalmente aqui dentro. Colori meu rosto. Coloquei minha melhor roupa. Fiz da minha vida uma ponte... Para você vir e atravessar. Havia amor. Cedo, assim. Rápido, assim. Potencialmente triste, eu já sabia. Não imaginava que dessa maturidade viesse tanta frieza. Eu abri a minha energia. Uma noite e tudo se desfez. Um boneco infantil pegou a faca e arrancou sua orelha, como eu te disse. O que eu não te disse é que tenho fobia (e vergonha de falar isso) de pessoas amputadas. Medo mesmo. Sinto meu corpo gelado só de imaginar. Coisa de criança. Trauma infantil da professora brava e sem uma mão. Coisa de medo de sempre falar algo. Logo hoje, que eu podia ser muito mais. Ir muito mais longe. Sentir como eu sentia falta de sentir. Abriu-se um buraco. Resultado de outros traumas também. Logo este buraco da rejeição que eu tampei cuidadosamente depois de muito, muito tempo. Detesto esse lugar passivo que me permito estar. O buraco não é tão fundo. Ainda existem outros órgãos, outros corpos. Outras dores. Mas hoje estou em um buraco enorme. Enorme que surge no meu peito. Falta em mim o que ficou aí. Com você. </div>
Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-38838634403959674492015-12-30T09:38:00.002-02:002015-12-30T09:38:20.038-02:002015<h1 data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0" style="background-color: white; border: 0px; font-family: proxima-nova, 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.0" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Hoje, me despeço de você, 2015.</span></span></h1>
<h1 data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0" style="background-color: white; border: 0px; font-family: proxima-nova, 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.0" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></h1>
<h1 data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0" style="background-color: white; border: 0px; font-family: proxima-nova, 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.0" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Por tantas vezes neste ano desejei que chegasse esta época de inversão de energia para um novo ano. Hoje em especial me despeço de você, 2015, já tendo o feito algumas vezes muito antes deste dezembro presente. Despedi de você quando chorei sem limites ao ver o céu ser adoçado pela rainha dos cupcakes, ao ver minhas energias enfraquecidas por não saber escolher ao certo com quem dividi-la, pelos "quase": planos, amores, satisfações. Quis muito que você terminasse, ali naqueles momentos, 2015. E, de alguma forma, você terminou. Despedi outra vez também quando procurava incessantemente calar aquele aperto e-nor-me no peito que me consumia: o mundo parecia não houver os gritos da minha urgência. Mas, ouviu... Enveredei em trabalho-trabalho-trabalho: 12, 14 ou mesmo 20h. Calava-me! Mas não acolhia. Então, tão logo agora, do cinza se fez cor. Azul... Como o manto de Nossa Senhora e serenou este cansaço imenso de me despedir inúmeras vezes de você, 2015. No reencontro da minha espiritualidade, eu entendi a essência das coisas a mim apresentadas este ano. Tão efêmero e transitório, tal qual minha imagem. Uma frase, no meu corpo pra dizer o que falei o ano inteiro: isso... Isso também passa. </span></span></h1>
<h1 data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0" style="background-color: white; border: 0px; font-family: proxima-nova, 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></h1>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtGXnIYAtWSCd2BovKEbLdpa1vM5GKvWGz5MOGNAC7_GtlekLoZYvjpG7UVRXkR7QuiVcKzPDbXCS0C6PAn2-1cwfl9vXsaMo4R4BMo6vbSQEUEOj46vo8U_NRYYeD3DWlNbYinmX9Zfc/s1600/imagem25.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="311" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtGXnIYAtWSCd2BovKEbLdpa1vM5GKvWGz5MOGNAC7_GtlekLoZYvjpG7UVRXkR7QuiVcKzPDbXCS0C6PAn2-1cwfl9vXsaMo4R4BMo6vbSQEUEOj46vo8U_NRYYeD3DWlNbYinmX9Zfc/s320/imagem25.bmp" width="320" /></a></div>
<h1 data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0" style="background-color: white; border: 0px; font-family: proxima-nova, 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.$newline1/=10" /><span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.2" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></h1>
<h1 data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0" style="background-color: white; border: 0px; font-family: proxima-nova, 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.2" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Um beijo, 2015! Faça-se a alegria, por ora. Nesse começo de correspondência da vida. De encontros mágicos. De sorrisos largos, mãos firmes e beijos, por que não?, longos. </span><br data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.$newline3/=10" /><span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.4" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></h1>
<h1 data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0" style="background-color: white; border: 0px; font-family: proxima-nova, 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-weight: inherit; line-height: 18px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span data-reactid=".0.1.0.0.0.2.1.0.0.1.4" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Chocho, 2015! Você passou. 2016 vai passar também! :*</span></span></h1>
Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-10982166658945340462015-11-02T16:20:00.005-02:002015-11-02T16:27:45.012-02:00Para você(s).<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pare um pouquinho. Pense. Reflita e escolha. Caminho
perfeito: encha o peito de coragem e defina os limites. Jogue tudo para o alto,
se isso apetecer. Recomece. Ganhe mais beijos. Mais toques. Vários. Emoções
milhares simultâneas. Retome aquilo que perdeu. Mas, que voltou. Vá! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Só não deixe de pensar que do lado de cá (ou de lá, porque
nós trouxas do mundo somos muitos) tem uma pessoa. De carne. Osso. E,
principalmente expectativas. Construídas no silêncio, quando a sensação boa
fazia lembrança. Sabe? Não fode com tudo sendo egoísta. Os umbigos são lindos,
mas não o centro do universo. Existem outros umbigos também lindos dando sopa
por ai. Juntem-nos! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pare um pouquinho. Pense. Relembre: houve uma palavra. Um
compromisso. Um gesto de dedicação e não existe um botão de desconectar. Virar
a chave e desligou. Não. Não pense assim. A ideia brilhante de mudar o rumo da
prosa, não é brilhante. A ideia brilhante de se reinventar, não é brilhante. A
ideia brilhante de sumir, não é brilhante. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não deixe que as urgências valham mais que os momentos. Ou,
na real, deixe. Deixe de uma vez. Mas, diga: não. Chega! Deu. Aconteceu.
Respirei fundo e vi um mundo lindo. Melhor que este. Mais alegre. Mais festivo.
Me deu mais tesão. E você não cabe mais nele. Deixe tudo para traz. Recomece,
longe ou de onde parou, mas compartilhe. Sabe? Reciprocidade é ainda a palavra mais
bonita do mundo.<br />
<span style="background-color: white; color: #999999; text-align: left; text-indent: -18pt;"><br /></span>
<div style="text-align: left; text-indent: -24px;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: red;">Ouçam<span style="text-align: left; text-indent: -18pt;">: </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=5i6Q-Ip4Uzk" style="text-align: left; text-indent: -18pt;">Brigth Idea</a><span style="text-align: left; text-indent: -18pt;"> - Ou não... rs.</span></span></span></div>
</div>
Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-84298314673287326802015-08-15T13:56:00.000-03:002015-08-15T13:56:38.426-03:00Queixo-me às rosas...<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Algumas semanas são mais cinzas que outras. Alguns sábados
não deveriam amanhecer. Vi, alí ontem mesmo, um grande amor morrer. Mas grandes
amores não morrem. Mas eu vi, vi morrer uma parte do amor. E é sempre assim...
o fim. Uma parte morre. Outra parte vibra, sangue vibrante circula todo o corpo
vivo enquanto o cinza preenche o outro... o cinza móbido, de um corpo gelado,
que amou. E que morreu. Dessa cena triste, veio um turbilhão de sentimentos:
perda de tempo essa bobagem de desaproveitar a vida, de se fechar para o amor,
de não viver ou de viver de mansinho. Ficou a sensação de aproveitar tudo,
agora, neste instante intenso que não pode haver outro, nunca mais. Mas, a
morte de um grande amor será sempre a morte de um pedaço (enorme) da gente.
Morrem os sonhos, os planos, os carinhos, a reciprocidade. Ver uma morte real,
(Oh! Quanto egoísmo, Marina!) me reavivou a memoria de outras tantas mortes
cotidianas e da perda do meu grande amor. Em algumas manhãs de sábado, fica a
certeza que, sim, a morte é eterna. E-T-E-R-N-A. Um fim neste momento para toda
e qualquer esperança. Um sopro gelado na alma, uma lembrança morta e nada mais.
Ponto! Não será mais, ei-lo concreto e real: foi o fim, de uma vez por toda o
lápis vermelho na caixinha. <o:p></o:p></div>
Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-35234333147157627432015-07-20T23:25:00.001-03:002015-07-20T23:27:44.534-03:00Nota ao Mr. B.<div style="text-align: justify;">
Poucas pessoas tiveram a liberdade de me pedir texto: uma amiga que precisa expor algumas decepções há belos anos. E quase dez anos (milhares de histórias, amores e músicas) depois, eis que... surge tal pedido. Simples assim: mesa de bar, comentário despretencioso e um pedido.
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Mal sabe, Mr B. que o senhorito já havia ganhado mil começos de textos imaginários. Suas pequenas coisas borbulham minha cabeça e eu que ju-ra-va que viveria concreta, transbordo o imaginário. Turbilha em mim pensamentos-palavras a cada check azulzinho que acontece mais que rapidamente e me encanta, tal como a sua cara de desenho animado ou emoticon com língua pra fora que faz qualquer pensamento nublado se desmanchar em encantamento. Você, Mr. B. valeria uma novela completa, não porque você pediu, mas por você ser encantadormente desatento a ponto de marcar o primeiro encontro, sem querer, no meio da torcida do Cruzeiro, apenas na tentativa de comer um pão de queijo.</div>
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Ouça: Don't wait too long - Madeleine Peyroux</div>
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Escrevo e digo: Em um mundo líquido, poder encontrar alguém que tenha coragem vale muito mais que um texto: vale saber esperar. Vale pintar o concreto, soltar o pensamento e dizer coisas que eu não falaria nunca por orgulho e medo de me expor mulher-sonhadora-romântica-boba. Então, Mr. B., leia e saiba que um dos lugares mais agradáveis do mundo pode ser um abraço domingo e que isso pode valer um livro... Basta você pedir.</div>
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P.S.: Tenho um pedido! Adivinha qual? </div>
Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-39349154609451952015-05-20T02:40:00.003-03:002015-05-20T21:24:16.198-03:00carta ao pedro, 2015<br />
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Hoje conheci Pedro. Depois de nos esbarrarmos algumas vezes. Hoje reconheci um lado adormecido, que ainda me habita, mesmo que quietinho: Pedro despertou em mim um olhar atencioso.<br />
<br />
Seus olhos-folhas-secas, seu queixo fino, seus cabelos bem pretos. Um jeito firme de falar, mas doce. Extremamente gentil. Pedro riu da minha habilidade única de machucar o mesmo pé duas vezes na mesma semana. Riu por eu ter enviado uma foto do meu dedo preto, antes de qualquer outra. Disse que eu era mesmo diferente, afinal, além do episódio da foto do pé, eu o havia batizado como Pedro, sendo seu nome outro diverso. Gostou do vinho, da pizza adocicada, das minhas capas Romero Britto. Ficou encantado com minha mão macia, mesmo com tanta aspereza a minha volta.</div>
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Bom, meu Pedro me contou sua historia: De rapinha do tacho, menino bobo, pidão de atenção, orientado para a família a sua ida a Cingapura, Paris e ao Bonga Bonga no meu saudoso Barreiro, com a mesma simpatia e leveza, brilho nos olhos e ajeitamento do cabelo que teimava em esconder as folhas secas que haviam ali naquele olhar.</div>
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E, meu Pedro me ofereceu um ouvido, boca de poucas e gentis palavras me levando a refletir sobre a vida, a minha, a dele... (voo longe... a nossa?!). Me estendeu abraços pra esquentar e me ofereceu sua cama, de solteiro. Ha tempos não dormia em um cama de solteiro! E... Ha tempos não voltava pra casa com essa sensação de encantamento pelo simples e belo. Pelo ouvir! Pelo olhar... Meu Pedro atento, com suas folhas secas atentas a meu incansável movimento de busca. Hoje, eu encontrei o Pedro, criatura criada por mim, reconhecida em nome e sobrenome, horas inteiras sinceras. </div>
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Hoje, eu tive um pouco do que me faltava: Afeto. Hoje, eu chorei. </div>
Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-83473201207180958472015-02-24T00:04:00.001-03:002015-02-24T00:04:11.294-03:00o sertão está em toda parte.<br />
o sertão está dentro da gente.<br />
<br /><br />
a gente vive, eu acho, é mesmo para se desiludir e se desmisturar. a senvergonhice reina, tão leve e leve pertencidamente, que por primeiro não se crê no sincero sem maldade.<br />
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Grande Sertão: VeredasMarina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-18764381107147020672015-02-21T23:59:00.000-02:002015-02-21T23:28:06.955-03:00A arte de se perderBishop... Ah! Bishop irreverentemente me propôs observar atentamente a beleza das perdas. Meus ouvidos desatentos ouviram o desafio de perceber o "se perder". Ação esta tão correta e assertiva. Com o passar dos dias cada vez mais perdida em mim com completo sucesso...<br />
<br />
Permaneci desesperançosa por meses completos. Pensei que havia outra Marina em mim, seca, automática, desencantada e desencantadora, tão cheia de erros e então... Sabe? Senti o gelado por dentro, mãos tremeram, suaram e o pensamento voou. Pelas poucas vezes, depois de tanta falta de setimento, amontoados de erros em um único ano, foi recíproco: sim.. o pensamento voava, a voz barganhava as palavras e o sorriso discreto me fazia mergulhar nos trejeitos, no movimento lento dos lábios que se mexem sem querer, sem emitir um som, acompanhando o pensamento. Uma noite foi o bastante para me encantar, registrado magicamente por duas fotos lindas deste primeiro grande encontro de mim. Duvidante pedi sinais a Deus, tudo me fazia sentir que podia ser. Logo eu, desacreditada que poderia ser novamente, senti que sem querer perdia-me. Não sei onde nele me perdi. Assim, carrego em mim esse desejo legítimo que seja e que continue sendo encantado... Oh, Bishop, nao me diga que seria uma alegre arte, depois de tanta secura, este presente de encantamento tão breve. Sinto a alegria de poder me perder em meia noites e meio dias e noites que se transpunham em dias. E temo... Perder, afastar e não poder mais encantá-lo. Ah! Se pudesse dizer... todas as coisas lindas que imagino ao me perder olhando-o calado e calmo. Ah! Sinto em mim uma urgência bela. Que já me dói tanto, de tão bonita...Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-41123373935085291992015-02-08T13:54:00.001-02:002015-02-08T14:06:05.173-02:00Dois mil e reticênciasnada será como antes. passaram-se dias inteiros que se contabilizados foram mais do que os 365 que caberiam em um ano. mudei: mantive o mesmo corte de cabelo de anos,<br />
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na tentativa (vã...) de manter algo que me remetesse a mim. mudei o tom. a personagem antiga se descobriu autora. digo que aquela que se entendia enquanto receptora das desavenças desse mundo de sentimento, descobriu que toda lamentação era o seu melhor, era seu roteiro mais belo. em dias inteiros descobri que toda as tentativas de me ocupar seriam vazias. atitudes iguais as que eu escrevia em meu roteiro mais belo, me mostravam o quão coadjuvante eu fui. e o quao estaria sendo. nada será como antes. nem mesmo choro por um novo amor, mesmo aqueles que a gente jura que tem tudo para ser perfeito. ah.... o choro se faz manso, quase se confude com o chuva que teimou em cair nesse Belo Horizonte. mas caiu... como uma correnteza de palavras presas a tantas reticências que teimavam em acreditar que não era a hora.<br />
<br />
nada será como antes: as mãos de hoje que não buscam nem mais os desejos. reinventaram o significado da reciprocidade. agora seria: cada um tem um jeito. que obviamente não é o meu... mas em nome das coisas que não podem ser como antes, eu "reticiencio". procrastino o a esperança que em algum lugar em mim, algum momento será habitado por sentimento e me divirto com meias palavras, meios sorrisos e quase nenhuma vontade. eu vivo... e carrego um único pedido em mim, aqueles que a vida colocou: ocupe-me.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEKqhSu5imfoH9PCHcth9dY-S4zCCY76847hM0OTGM1lT6ywQHqBC5Ky9_-IR-u7GjUjbParVsN6xWgzBKN0iXi15YmD-TsI1qyUMWU-d9AdulMzauU2QwKqAu3eHNXdgJ9kXGoNhzQzc/s1600/image.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEKqhSu5imfoH9PCHcth9dY-S4zCCY76847hM0OTGM1lT6ywQHqBC5Ky9_-IR-u7GjUjbParVsN6xWgzBKN0iXi15YmD-TsI1qyUMWU-d9AdulMzauU2QwKqAu3eHNXdgJ9kXGoNhzQzc/s1600/image.jpg" height="313" width="320" /></a></div>
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Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-83507683302453511132012-11-28T20:01:00.000-02:002012-11-28T20:03:19.002-02:00"Aqui estou com a minha imagem. Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem. No interior das coisas canto nua. Aqui livre sou eu, eco da lua e dos jardins os gestos recebidos e o tumulto dos gestos precentidos.
Aqui sou eu tudo o quanto amei. Não só por aquilo que atravessei, não pelo meu rumor que só perdi,não pelo incertos atos que vivi. Mas de tudo em quanto ressoei e em cujo amor, de amor, eternizei...
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpqYS38Io_EKbWIPT3jI75M-kg-7983aEK9op1BwzugVJLaTkgW12Eg0iVKWgLiNbqTcdqu4kK9RxVFpstw_Gnwc9EAFPotplAqNGpUKN7xdSj8IbKdNQlAX9fm0M4VhxwTbVvlCWZyGE/s1600/girl_from_planetoid_x_by_sanjalydia-d58z5qg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="213" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpqYS38Io_EKbWIPT3jI75M-kg-7983aEK9op1BwzugVJLaTkgW12Eg0iVKWgLiNbqTcdqu4kK9RxVFpstw_Gnwc9EAFPotplAqNGpUKN7xdSj8IbKdNQlAX9fm0M4VhxwTbVvlCWZyGE/s320/girl_from_planetoid_x_by_sanjalydia-d58z5qg.jpg" /></a></div>
Confesso acordei achando tudo indiferente..."Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-44286565778283698732012-06-26T23:19:00.001-03:002012-06-26T23:19:35.560-03:00Tenho tentado.Na verdade, acreditar, essa ação concreta, sempre me bloqueou. E, eu me deparo com todo esse cansaço real. Me lembro da primeira vez que senti uma tristeza fria por uma despedida. Para variar, uma despedida nada concreta. Era um escritor, que delicadamente se despedia da sua possibilidade de se expressar. Só não sabia, ele, que, ao se colocar, ali, naqueles textos e naquela tela tão paulistanamente distante, ele me colocava, aqui, tão belozinhontinamente clara. Lembro que para se despedir ele usou um lugar comum “porque tudo nessa vida tem que ter um fim, para de outra maneira começar”. Certíssimo, Eduardo. Assim, resolvi que iria me permitir. Tanto que até hoje eu tenho tentado me convencer disso. Exceto quando, em março, copiei na agenda de trabalho, bem na última página, um trecho da Rita Apoena, sobre olhos grudados em sapatos e seus passos mudos e cegos e faltosos e ilusórios e eternamente sonháveis – acreditando que ao nomear as impossibilidades, seria um novo começo. Uma despedida do irreal, intangível. Este lugar do inalcançável que me faz temer os passos de um (cansativo) recomeçar sem fim. Novas verdades que, obviamente, em um pensar camuflado, viraram o esconderijo certo do medo dos próximos passos. Até confesso, tenho sonhos lindos! E, tenho acreditado em isso, de ser feliz. Pra dizer a verdade, venho carregada de adeus e olas, permeados por alguns até breve – porque nem tudo está no tempo da gente. Sabe? Eduardo, eu tenho tentado.Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-49078382377972160312011-09-10T09:30:00.002-03:002011-09-10T09:39:01.440-03:00..."Não se afobe não, que nada é pra já."<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Tem mesmo que ser assim, Chico?Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-82999663021758236952011-05-01T20:08:00.002-03:002011-05-01T20:12:02.033-03:00<div style="text-align: justify;">Fico em pé. Olho para caos. Como alguém que olha a imagem no espelho. E o caos é silencioso, doce... sereno. Ele me olha. Seu olhar é como um abraço de pai. Um beijo no joelho esfolado. Um café forte e doce, sentada a beira do fogão de lenha. Um cigarro imaginário. As bromélias e as orquídeas do jardim. O caos me olha com carinho. Estou em pé. Observo meu rosto. Meu rosto é silencioso, doce... sereno. Eu me olho. Meu olhar atinge a parte de trás do espelho. O caos me estende as mãos. Anseio em tocá-las. Estendo as minhas. Toco imagem reflexa de minhas mãos. Vidro frio. Pareço intocável. Ele parece inatingível. Mãos trêmulas. O caos me olha. Me vê serena. Sorriso de canto de boca. O que mais vê? Eu vejo almas. Vejo detalhes. Vejo que o caos nunca sairá da imagem que observo atentamente de pé. O caos me analisa. Me esmiuça. Eu estou em pé. Mãos estendidas e vazias.... Na impossibilidade de vivê-lo. Finjo. Tocá-lo. Senti-lo. Buscá-lo pra cá. Pra perto. Será. As mãos distantes e as minhas vazias. Estou em pé. Observo-me. Vejo a arte que criei. Arte leve. Sei. Das muitas coisas que sei. A única coisa que faço com precisão. Querer o caos.</div>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-24108833920711707352011-02-10T11:31:00.000-02:002011-02-10T11:32:19.586-02:00One art<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"> <span style="font-size: 13pt;font-family:Verdana;" > <span style="color: rgb(238, 206, 96); font-weight: 700; text-decoration: underline;" lang="EN-US"> </span><span style="color: rgb(238, 206, 96); text-decoration: underline; font-family: georgia; font-style: italic;" lang="EN-US"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><br /></span></span></span></p> <p style="font-family: georgia;" align="center"> <b><span style="font-size:85%;">The art of losing isn't hard to master;<br /> so many things seem filled with the intent<br /> to be lost that their loss is no disaster.<br /> <br /> Lose something every day. Accept the fluster<br /> of lost door keys, the hour badly spent.<br /> The art of losing isn't hard to master.<br /> <br /> Then practice losing farther, losing faster:<br /> places, and names, and where it was you meant <br /> to travel. None of these will bring disaster.<br /> <br /> I lost my mother's watch. And look! my last, or<br /> next-to-last, of three loved houses went.<br /> The art of losing isn't hard to master.<br /> <br /> I lost two cities, lovely ones. And, vaster,<br /> some realms I owned, two rivers, a continent.<br /> I miss them, but it wasn't a disaster.<br /> <br /> -Even losing you (the joking voice, a gesture<br /> I love) I shan't have lied. It's evident<br /> the art of losing's not too hard to master<br /> though it may look like (Write it!) like disaster.</span></b></p><p style="font-family: georgia;" align="center"><br /></p><p style="font-family: georgia;" align="center"><b><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">(E. Bishop)</span><br /></span></b></p>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-25823244398063198962011-01-19T11:25:00.000-02:002011-01-19T11:30:48.269-02:00<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman";">Foi numa dessas manhãs de sol que ela, finalmente, chorou. Abriu a janela – montanha, céu azul e o vento. Respirou fundo o cheiro do resto da tempestade de ontem, dos pombos no telhado, do monóxido de carbono e das mangas maduras do quintal. O vento sacudiu seus cabelos ruivos, ela arrumou-os para poder sentir o silêncio dependurado na janela. Procurou pelos parênteses colocados em sua vida, tocou o vento e, então, percebeu que ele a olhava triste; ela não suportaria os olhares tristes porque eles lhe fazia lembrar das tantas vezes que havia também se entristecido na tentativa de apagar as lembranças espatifadas. Não, não que houvesse algo concreto. Nada que se valesse muito, nem foto, nem música, nem lugares. Mas, miudezas se acumulavam nos cantos e o que lhe pesava, por dentro, era o intangível. Novamente, respirou fundo a manhã de sol, o verão, a montanha, o céu azul e o vento com cheiro de mangas. Sem pensar em mais nada, sem sentir nenhuma amargura, rancor ou melancolia, ela tocou em uma vaga saudade e chorou: o amor inundou-a de lágrimas e escancarou sua fragilidade.</span></div>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-72257961612804796752010-11-03T23:46:00.002-02:002010-11-03T23:50:30.678-02:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_MbD21CdnCYE/TNIRIisHDPI/AAAAAAAABC8/dmBiJRXAKRM/s1600/Book_of_dreams_by_BeBitzY.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_MbD21CdnCYE/TNIRIisHDPI/AAAAAAAABC8/dmBiJRXAKRM/s320/Book_of_dreams_by_BeBitzY.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5535505730440203506" border="0" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Fecha-se o coração como um livro, cheio de imagens, palavras adormecidas, perdidas em prateleiras, acumulando pó e mais pó... De tempos que nem são tão longos, nem tão curtos. Mas, acumulam-se. Com mãos próximas aos lábios oscila-se o sopro e o beijo. Neste instante, já não se sabe qual diferença da coisa perguntada e da menina calada, levando o empoeirado livro bem apertado no peito, na esperança que o pó desfaça o pobre desespero de um dia poder ser... tateado. Palavras adormecidas em escritos que habitaram, algum momento, seus lábios. Fica no ar essa sensação melancólica de um retorno a antiga persona, tal qual Polaroid antiga, lírica e metafórica... Aperta-lhe o peito, por estar tão vivo, dói mais. E, do sopro definitivo (é... não tão de-fi-ni-ti-vo, assim, valendo-se de quem é) fez um pálido beijo vão: o delicado movimento de ar da respiração - regular, metódico e tão cotidiano fez voejar a poeira de todas as palavras não ditas. Voou a imaginação... Talvez morra antes do horizonte. Memória, amor e o resto... de todas as outras coisas, que não tem mais explicação.</p>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-66146291499511041062010-11-02T22:28:00.001-02:002010-11-02T22:30:06.956-02:00<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:donotoptimizeforbrowser/> </w:WordDocument> </xml><![endif]--> <h3 style="font-family: georgia; font-weight: bold; text-align: center;"><span style="font-size:100%;"> </span></h3><div style="text-align: center;"> <span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;">A noite e sua nudez</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> a voz da menina em admiração aberta,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> alternância de sátira ou silêncio entristecido</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> hoje sou testemunha da noite e sua nudez,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> hoje assisto ao testemunho da menina e seu amor calado</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> há entre nós a pouca distância de quem sabe para sempre</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> e o muito que nos separa</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> é o mudo do meu presente.</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> a menina, olhos de menina,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> a aceitação e a dor desta menina,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> grandes na nudez da noite,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> no passageiro da criação,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> nos sonhos sonhados, suspeitados,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> a voz e o silêncio sobre o que sempre soubemos,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> entre a paixão da menina</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> e o desejo da paixão que me anima,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> ainda ausente como estou,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> menina que perdi,</span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> além do primeiro das coisa. </span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> </span></span><br /><span style="font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: georgia; font-weight: bold;"> Ana Cristina Cezar – Da pasta rosa (06/11/70)</span></span><span style="font-size: 12pt; font-family: "Times New Roman";"></span></div>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-64801534040361043452010-10-04T22:41:00.002-03:002010-10-04T22:43:17.704-03:00<p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;">Mil seiscentos e noventa e nove. Olhando para esse número em negrito, invade a mim, um sopro, desses qualquer. Exatos mil seiscentos e noventa e nove. Nada a mais. Para quem tem essa mania besta de colecionar escritos, apagá-los é, sim, um crime inafiançável. Vale dizer que são exatos quatro mil cento e oitenta e cinco, desde 25 de abril de 2006 [um começo que escolhi por sua qualidade delicada de ser o mais fofinho (refresco-me as vistas e a memória - <i><span style="">"Sua alteza mandou me chamar? o que queres?... Ah senhor, nd feito. Tenho tido muita dificuldade para terminar esta encomendA. Como é difícil afinar toques musicais na mesma frequência das maravilhas da vida! (...) Mas já tenho um protótipo para a alteza: experimente amar sem tocar, gostar sem dizer, criar sem pensar, mover sem mexer... é talvez por metáforas q posso aprender e relatar o que sua alteza, meu Deus, quer dizer a nós, seres vivos"</span></i><span style="">]. </span>Suspiro, em pensamento: me dei conta, antes mesmo de vê-lo. Atropelo o momento com algo matemático que berra em minha mente: Ontem ainda eram menos! Eram... mil seiscentos e oitenta e poucos. São, pelas minhas contas aproximadas uns... doze; só hoje! Mas, agora, às dez e onze, está lá... estático, um grande iceberg numérico e negritado. Todos aqueles que não tem lá grande importância. Todos menos um. Às dez e vinte e dois, batem a minha porta repulsas (de mim, do mundo e daquele médico filhadaputa que estragou meu dia). Pressinto, com um olhar desesperado, meu toque: F5. Céus! Lá estão todos, menos um... </span></p><div face="georgia" style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;font-family:georgia;" class="MsoNormal"><span style="font-size:100%;"><span style="font-size:11;"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></span></span></p><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"> <span style="font-size:100%;">Meia-noite, eu serei, efetivamente, a mulher mais infeliz do mundo.</span></div>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-55761848275705084622010-07-04T16:39:00.000-03:002010-07-04T16:41:40.110-03:00Aos queridos The Bull, My Carol, Max, Douglas, Alexander, Judith, Ira, KW e ao meu pequeno (grande) príncipe.<div align="justify">A espera de algo qualquer pode ser mais decepcionante do que o próprio algo qualquer, de fato. Retomando as raízes passadas e percebendo as rosas que, falantes, altivas e sem proteção, nem sempre, podiam oferecer tudo aquilo que pediam. Zás! Criou-se um precipício: a realidade que se tateia sem poder sonhar; noites sofismantes que, de madrugada, somem sem memória.<br /><br />Precipício à frente, realidade crua; mesmo sem poder se movimentar, passos foram dados. A cada passo, um novo engano que foi facilmente adorado, dito e promovido como uma nova maneira de deixar-se inundar do “algo qualquer novo”. Claro, novo... Novo engano. O abismo, a queda, o fundo de cada um encarado face-a-face, pela milionésima vez, novamente, e nunca o mesmo, nunca o mesmo... Nunca.<br /><br />(Mais) uma vez dentro, adoráveis e singulares monstros infantis: a carência, a agressividade, a amabilidade, a criatividade, a contemplação, a melancolia, a solicitude, o companheirismo e outros dois, mais facilmente presos a minha face tão transparente a estranhos: o egocentrismo e a impetuosidade. Facetas de um mundo inteiro, por dentro... a espera de algo que não se pode oferecer, mas que, ainda assim, se espera. No fundo não há mais espaços para os passos de fuga, parou-se os enganos não por vontade, mas por não serem mais possíveis – falta espaço para o movimento. Zás! Um último suspiro, a súbita falta cortante e o retorno a superfície: uma epifania.<br /><br />Volta-se ao mundo e ao que ainda ficou aberto, em chagas, queimando em cada badalar dos dos sinos de catedrais que soam em melancólica e ínfima alegria, na esperança que ainda seja possível tentar balbuciar, por amor, o que não pode ser dito... A tristeza que une dois em um tal qual o amor envergonhado por esse estar inconstante no mundo, que, sem saber, sem sequer imaginar, proporciona esse subir desesperado rumo ao sol, enquanto as outras pessoas apenas passam por nós.<br /><br />P.S.: Adoravelmente melancólica, eu estarei sempre no nosso reino.<br />P.S.II: Adivinha?</div>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-37937506268315712952010-05-27T13:42:00.002-03:002010-05-27T13:46:27.820-03:00.<p><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/wsST_dcvecc&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x402061&color2=0x9461ca"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/wsST_dcvecc&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x402061&color2=0x9461ca" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></p><br /><p></p><br /><p>vamos começar...</p><p><a href="http://3.bp.blogspot.com/_MbD21CdnCYE/S_6hN0Q31DI/AAAAAAAABCU/Wd4exSMhKCM/s1600/he.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 269px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5475991455668884530" border="0" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_MbD21CdnCYE/S_6hN0Q31DI/AAAAAAAABCU/Wd4exSMhKCM/s320/he.JPG" /></a></p><p></p><br /><p></p><br /><p></p><br /><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p> </p><p>colocando um ponto final.</p>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-57007469731321064932010-05-17T13:24:00.000-03:002010-05-17T13:25:25.904-03:00<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/IXuf4nExHqM&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/IXuf4nExHqM&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-71956947348023626022010-05-11T23:31:00.011-03:002010-05-12T00:13:21.610-03:00...<div align="justify">Apenas não somos mais impunes ao cotidiano, desaprendemos a brincar. Resiliente continuo queimando, envio cartas a Deus, peço socorro. Hoje mesmo, pensei que pudesse haver sol, calor, crianças sem problemas, nada de avaliações ou atendimentos, compromisso; sei lá, cara... eu só queria mesmo um dia bonito, mas coisas bonitas de verdade me são tão raras. À noite, cansada, jogada despretensiosamente na cama, me sinto abrir em duas e posso ver meu coração como um álbum de retratos velhos - tirados no momento que eu apertei os olhos para sorrir. Agarrando-me numa daquelas sensações antigas de alegria, fé ou mesmo esperança, vi aquela velha página, semi-viva, me dizendo de uma saudade e eu sentindo uma falta profunda de alguma coisa que não sabia muito o que era. Sei que doía, doía; sem remédio pra essa dor. Apanhei-me imersa a essas sedes insaciáveis, que me acaloram, abraçam-me e trazem-me memórias. Pensamentos que falam "e se... e se..."; quais as ligações que nos unem? </div><div align="justify"></div><div align="justify"><span style="color:#cccccc;">- Deus, Pai bom e justo, o que me repele também me liga? Seremos sempre memória e não matéria? Fortalece-me o espírito, hoje digo e creio: Que assim seja.</span> </div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Talvez hoje adormecerei de súbito, pensando nas velhas folhas, belas fotos; de tais, o pó me restará nos dedos. Serei absorvida pelo amanhã. Sem escrúpulos, o cotidiano me prende; ainda assim, não menos cotidianamente, o vento sopra... leva-me (d)as repostas.</div>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4921103589435743726.post-19145031240647795672010-04-23T15:39:00.000-03:002010-04-23T15:43:15.555-03:00Inferno astral<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/KxZ9_XlL19E&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/KxZ9_XlL19E&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Marina Fonsecahttp://www.blogger.com/profile/12237281687502833247noreply@blogger.com1