Sou assombrada pelos meus fantasmas que surgem do ontem. Na linha tênue dos meus sonhos, me transformo em duas. Uma liberta-se de paradigmas e vive do desejo maligno de ser feliz, a outra se tranca em escritas e páginas, vivendo de papel e tinta. Não preciso de definições constantes, sou apenas mais uma vinda do sagrado construto que se desfaz em segundos com a chegada de novos fantasmas, e assim me desmonto. Para me organizar preciso de me desorganizar intensamente. Transformo no bêbado e na equilibrista, no que não deveria se mostrar e no translúcido porta-retratos, mas aceito essa condição contraditória. E, sendo mais de uma, necessito de testar-me. Brinco com meus “eus” e com meus erros, na busca do que algum dia será o verdadeiro. Enquanto houver possibilidade vou continuar a brindar com o acaso, sem esperar mais do que isso. Irremediavelmente, serei sempre quem vai errar por tentar e fazê-lo até que se esgotem todas as possibilidades. E na nova cara de menina sozinha ficará apenas uma definição constante: minha liberdade.
sábado, 28 de abril de 2007
Sou assombrada pelos meus fantasmas que surgem do ontem. Na linha tênue dos meus sonhos, me transformo em duas. Uma liberta-se de paradigmas e vive do desejo maligno de ser feliz, a outra se tranca em escritas e páginas, vivendo de papel e tinta. Não preciso de definições constantes, sou apenas mais uma vinda do sagrado construto que se desfaz em segundos com a chegada de novos fantasmas, e assim me desmonto. Para me organizar preciso de me desorganizar intensamente. Transformo no bêbado e na equilibrista, no que não deveria se mostrar e no translúcido porta-retratos, mas aceito essa condição contraditória. E, sendo mais de uma, necessito de testar-me. Brinco com meus “eus” e com meus erros, na busca do que algum dia será o verdadeiro. Enquanto houver possibilidade vou continuar a brindar com o acaso, sem esperar mais do que isso. Irremediavelmente, serei sempre quem vai errar por tentar e fazê-lo até que se esgotem todas as possibilidades. E na nova cara de menina sozinha ficará apenas uma definição constante: minha liberdade.
sábado, 21 de abril de 2007
domingo, 15 de abril de 2007
quinta-feira, 12 de abril de 2007
Confusão Urbana
quinta-feira, 5 de abril de 2007
"Eu quero é que esse canto torto, feito faca, corte a carne de vocês..."
A imagem no espelho não é a mesma de seis meses. Antes, os olhos estavam fechados. Cargas pesadas para as sensíveis pálpebras. Não via, não via nada. Hoje, luz que incide sobre o cristal de Luiza faz cegar. Dois pontos continuam os mesmos no meio de tantas mutações: o motivo por trás do que faz cegar e o ato de cegar-se, puro e mecânico. Reconhecimentos, sim. Seria o caminho se o canto não cortasse a carne e sangrasse até a última gota. É o que eu quero: esse cego desespero modista a cantar "tenho vinte e cinco anos de sonhos, de sangue e de América do Sul", talhando sobre a pele mais um belo ciclo a se finalizar. Se sou raio, cega-me. Se sou escuridão, cega-me. Posso ser tudo e não ser, ou até ser o que não posso ser, assim, traçada nessas linhas. Ah, a vida inventada é muito melhor!