“Can’t you see that it’s just raining
There ain’t no need to go outside
Ain’t no need, ain’t no need
Can’t you see, can’t you see
Rain all day and I don’t mind”
Ela saiu dos trilhos por anos (ou nunca tivera trilhos?). Vê-se com clareza: Ela não sonhava, ela delirava, a princípio. Excluía o outro, ou quase se excluía dos outros. Não havia necessidade de comprovar sua convicção a realidade, não se preocupava em fundamentá-la nem para si, nem para os demais. A idéia delirante brotava-lhe como um mundo novo, incrustada no velho interior, mesmo sendo autônoma dele. Ela saia dos temidos trilhos e almejava entender os porquês. Graças. Confrontada paradoxalmente com uma argumentação racional e lógica ao ritmo cardíaco acelerado do novo, ela se deixou convencer. Não alcançando (in) felizmente o caos completo; vê-se que ela não delirou, muito menos foi corrompida por uma idéia delirante. Desconfia-se que tudo não passou de uma formação deliróide, uma vida inteira. Era apenas uma formação deliróide e agora, ela está quase livre, quase...
Seja bem-vinda aos novos trilhos.
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