"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus." (Clarice Lispector)
Sou assombrada pelos meus fantasmas que surgem do ontem. Na linha tênue dos meus sonhos, me transformo em duas. Uma liberta-se de paradigmas e vive do desejo maligno de ser feliz, a outra se tranca em escritas e páginas, vivendo de papel e tinta. Não preciso de definições constantes, sou apenas mais uma vinda do sagrado construto que se desfaz em segundos com a chegada de novos fantasmas, e assim me desmonto. Para me organizar preciso de me desorganizar intensamente. Transformo no bêbado e na equilibrista, no que não deveria se mostrar e no translúcido porta-retratos, mas aceito essa condição contraditória. E, sendo mais de uma, necessito de testar-me. Brinco com meus “eus” e com meus erros, na busca do que algum dia será o verdadeiro. Enquanto houver possibilidade vou continuar a brindar com o acaso, sem esperar mais do que isso. Irremediavelmente, serei sempre quem vai errar por tentar e fazê-lo até que se esgotem todas as possibilidades. E na nova cara de menina sozinha ficará apenas uma definição constante: minha liberdade.
Sou assombrada pelos meus fantasmas que surgem do ontem. Na linha tênue dos meus sonhos, me transformo em duas. Uma liberta-se de paradigmas e vive do desejo maligno de ser feliz, a outra se tranca em escritas e páginas, vivendo de papel e tinta. Não preciso de definições constantes, sou apenas mais uma vinda do sagrado construto que se desfaz em segundos com a chegada de novos fantasmas, e assim me desmonto. Para me organizar preciso de me desorganizar intensamente. Transformo no bêbado e na equilibrista, no que não deveria se mostrar e no translúcido porta-retratos, mas aceito essa condição contraditória. E, sendo mais de uma, necessito de testar-me. Brinco com meus “eus” e com meus erros, na busca do que algum dia será o verdadeiro. Enquanto houver possibilidade vou continuar a brindar com o acaso, sem esperar mais do que isso. Irremediavelmente, serei sempre quem vai errar por tentar e fazê-lo até que se esgotem todas as possibilidades. E na nova cara de menina sozinha ficará apenas uma definição constante: minha liberdade.
3 comentários:
uhnn...ler-te me basta...
é só tua fuga... do que te casta, te enforca, te caça... seu martírio por algo que se arrependerá de ter de ser assim... mas a vida é feita de escolhas...
escolha...
Aqui, tudo me parece tão harmonioso.
Primeiro, vejo uma página com alguns agrupamentos de letras e algumas poucas imagens tão bem escolhidas.
Em seguida, me proponho a ler o primeiro post. Encantado com a sua fluência e intimidade com as palavras, quase deixo de captar o sentido delas. Algo como, ouvir uma música sem prestar atenção à letra, detendo-se na melodia.
E, da mesma maneira, percorri todos os textos.
Só depois, pude reler com a atenção ao conteúdo.
Você escreve uma delicadeza única, assim como escolhe as imagens que dialogam com os textos.
um abraço,
ps. obrigado pela visita ;-)
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