sexta-feira, 24 de agosto de 2007


"A imbecilidade tem direitos...
... MAS TEM LIMITES."
(Victor Hugo)

Pobres seres desprovidos de luz, não tão menos pobres do que os deficientes de sensibilidade visual, mas ambos deficientes da alma. Aos primeiros, não os culpo, a imbecilidade nata apenas se faz. Solidifica-se em perguntas – verdade crua, justificada pelo fato de que sem luz não há visão, o que torna a imbecilidade dulcíssima. Ah, os pobres deficientes de sensibilidade visual. Não vos digo, por estas linhas, dos deficientes visuais, não. Ao pensar tal possibilidade antes mesmo de fazê-la real no papel, seria de uma incoerência tamanha com minha decisão profissional. Digo-lhes dos que frente aos olhos têm a verdade, mas continuam a buscá-la. Seres brutais, tais deficientes de sensibilidade. Possuem toda a magnitude de uma vida clara, plena e feliz, mas se contentam com o obscuro, com o ilusório fantasma cinematográfico, que (sim!) antes fazia-se de luz mesmo alheia e opaca. Pobres seres insensíveis que por não compreender o mal, deixam as clarezas à margem. Pobres seres faraônicos que se contentaram com muralhas, sem nunca saber – ou negligenciar – o real sentido da liberdade.
Aos pobres d'alma, minhas náuseas.

2 comentários:

Fabrissa Valverde disse...

Tem direitos. Tem limites.
Mas tem pernas de pau e cara mais de pau ainda para passar por cima de todos eles.

É assim que é. Todavia, a mesma fogueira que queima os corpos, faz arder a madeira.

xyz disse...

Incrível como um tempo sem usar a net faz-me ausente deste blog. Inexplicavelmente gosto demais das palavras que aqui encontro. Parecem ter um efeito calmante sobre mim. Talves seja o visual do blog, as palavras, ou melhor ... os sentimentos!
Abraços.