domingo, 4 de julho de 2010

Aos queridos The Bull, My Carol, Max, Douglas, Alexander, Judith, Ira, KW e ao meu pequeno (grande) príncipe.

A espera de algo qualquer pode ser mais decepcionante do que o próprio algo qualquer, de fato. Retomando as raízes passadas e percebendo as rosas que, falantes, altivas e sem proteção, nem sempre, podiam oferecer tudo aquilo que pediam. Zás! Criou-se um precipício: a realidade que se tateia sem poder sonhar; noites sofismantes que, de madrugada, somem sem memória.

Precipício à frente, realidade crua; mesmo sem poder se movimentar, passos foram dados. A cada passo, um novo engano que foi facilmente adorado, dito e promovido como uma nova maneira de deixar-se inundar do “algo qualquer novo”. Claro, novo... Novo engano. O abismo, a queda, o fundo de cada um encarado face-a-face, pela milionésima vez, novamente, e nunca o mesmo, nunca o mesmo... Nunca.

(Mais) uma vez dentro, adoráveis e singulares monstros infantis: a carência, a agressividade, a amabilidade, a criatividade, a contemplação, a melancolia, a solicitude, o companheirismo e outros dois, mais facilmente presos a minha face tão transparente a estranhos: o egocentrismo e a impetuosidade. Facetas de um mundo inteiro, por dentro... a espera de algo que não se pode oferecer, mas que, ainda assim, se espera. No fundo não há mais espaços para os passos de fuga, parou-se os enganos não por vontade, mas por não serem mais possíveis – falta espaço para o movimento. Zás! Um último suspiro, a súbita falta cortante e o retorno a superfície: uma epifania.

Volta-se ao mundo e ao que ainda ficou aberto, em chagas, queimando em cada badalar dos dos sinos de catedrais que soam em melancólica e ínfima alegria, na esperança que ainda seja possível tentar balbuciar, por amor, o que não pode ser dito... A tristeza que une dois em um tal qual o amor envergonhado por esse estar inconstante no mundo, que, sem saber, sem sequer imaginar, proporciona esse subir desesperado rumo ao sol, enquanto as outras pessoas apenas passam por nós.

P.S.: Adoravelmente melancólica, eu estarei sempre no nosso reino.
P.S.II: Adivinha?