domingo, 21 de dezembro de 2008

antes um mês eu já nem sei


E, então, amanhecemos. Suave, tão suave quanto um suspiro. Levíssimo o caminhar se faz, como se a vida se dividisse em com e sem companhia. E, por certo que a vida se dividiu. Marcadores de água e rios que, aos poucos, vislumbram braços de mar. Enfim, começamos um novo florir, sem a urgência das flores das estações, sem a teimosia das flores eternas e sem vendavais. Calmo, leve, surpreendente em expansão a cada novo verso silencioso das mãos de cuidado que nos cercam e nos protegem do resto do mundo. Minha amnésia alcoólica, meu torpor asfixiante e meus ‘eus’ não fazem mais sentido; meu mundo, agora, possui uma tranqüilidade bucólica do ainda que está por vir.