sábado, 19 de janeiro de 2008

Ao lar.


O toque telefônico dela deveria exalar cheiro de café fresco e ser tão macio quanto o travesseiro quente por nós tantas vezes mentalizado. Aqui, meio a nada, meio a mim desconexa e meio a tudo, ele vem soar polifonicamente (e porcamente traduzido, desculpem-me...) “garota, coloque suas canções. Diga-me, qual seu som favorito?”, o que é sempre respondido com um sorriso que preenche o que há dentro e antecede o pensamento * daquilo sem cáspita * que deixa os dedos repousados, estáticos sobre o botão “ler” por dois segundos. Imaginado o que virá, a certeza de ter vindo aquilo que de forma diferente dos outros é correspondente somente a NOSSA gramática, se faz presente. E isso não muda, nem uma vez, sendo sempre tão seguro e completo de si (de nós!) que faz sentir que existe, e sempre existirá, um lar para me libertar. Amém!

2 comentários:

xyz disse...

Seguro, sonoro, coeso ... lindo, lindo!
Belo texto.
Abraço, Elis.

Fabrissa Valverde disse...

E do lado de cá, tenho andado mais Monk do que o costume. Limpa daqui, dali... ajeita acolá. Tempo de separar os poemas mais belos pra borrifar nos novos ares, cortar as partes depressivas e guardar num baú lacrado com cadeados de otimismo. Não se pode esquecer de cobrir o baú com a velha manta verde – esperança besta. Tem que vai! Vai tatu... procure uma caneca mais divertida pra esse novo ano que inicia, dê mais cores ao fumegante que é pra aquecer brincando. Espalhe flores por todos os cantos... cubra-se de odores. Todas as luzes acesas! Ela está voltando... pra casa!
Tudo por aqui é espera... Eu, sustenido! * =)
Ou seria sustenida? Ahow! Ahow! Ahow!

* aquilo sem caspita *

Baci tanti, fioretta mia!