sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Diálogos mentais.

Ele: - Como você me percebe?

Ela: - Então...

(Você não sabe. Não faz ideia do quanto você se faz presente nos meus dias. As vezes, chega a ser inconveniente. Sabe aquela conversa boba, de dia-a-dia? Eu sempre solto alguma coisa sua, sem querer e quando vejo já falei em você de novo, como meu herói, meu protetor, o chato mais amável do planeta, pela trigésima vez com a minha estagiária. Sabe? Eu te vejo com vários sentidos e o principal é o sentir em expansão. Confesso: temo que não caiba, em mim, o tamanho que você assume. Te vejo enorme! Te vejo palpitar rápido aqui dentro do peito. Vejo você percorrer por mim com uma velocidade assustadora. As vezes, tomo um susto mesmo. Mas, todos os dias me surpreendo. Você não sabe... Não faz ideia de como está sendo bom dormir, de como existe um encaixe mágico nas suas costas e como seu tamanho é o tamanho perfeito para as minhas pernas encaixarem-se certinho nas suas ou do quanto eu sou grata por você, cheio de “homismos e independências”, me ouvir, refletir e escolher montar uma hortinha ou pensar no espelho de encostar, só porque eu queria, porque queria, a hortinha e acho brega o espelho grande de parede. Você não faz ideia de como é bom saber que você está perto, mesmo que trabalhando louco e descabeladamente. É tão bom ouvir depois do café da manhã de sábado você me perguntar se eu não tenho que trabalhar e eu poder responder, sem ser tachada de workholic, que “sim, seria bom trabalhar um pouquinho”. E, depois, desmaiar de cansaço e acordar toda torta e com dores por ter apagado no seu colo, no sofá. Você sequer imagina o quanto eu estou mais próxima de mim, depois que te conheci. Te conhecer, me fez me conhecer muito mais. Mais serena, mais resiliente, mais madura. Eu, menina, te vejo e viro mulher, sem perder a esperança. Ta ai, rapaz! Eu te vejo como a antiga esperança em viver um amor duradouro, calmo e companheiro. E o que você não faz ideia mesmo é que eu tenho vivido este amor todos os dias com a sua presença.)


… eu te acho tão maduro.  

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