quinta-feira, 8 de março de 2007

Dia Internacional da Mulher

“Nada mais assustador do que a ignorância em ação” (Goethe)

Na Segunda metade do século XVIII, as grandes transformações ocorridas no processo produtivo e que resultaram na Revolução Industrial, trouxeram consigo uma série de reivindicações até então inexistentes. A absorção do trabalho feminino pelas indústrias, como forma de baratear os salários, inseriu definitivamente a mulher no mundo da produção, passando a obrigá-la a conviver com jornadas de trabalho de 17 horas diárias, em condições insalubres, submetidas a espancamentos e ameaças sexuais constantes, e salários que chegavam a ser 60% menores que os dos homens, condição esta que não difere muito dos dias atuais.

Então, no bojo das manifestações pela redução da jornada de trabalho, 129 tecelãs da Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas, durante primeira greve norte-americana conduzida unicamente por mulheres. Violentamente reprimidas pela polícia, as operárias, acuadas, refugiaram-se nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica e atearam fogo. As tecelãs morreram carbonizadas e asfixiadas.

Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, essa data começou a ser comemorada no mundo inteiro.

Um pouco de história não faz mal a ninguém, e de reflexão também não. Que hoje votos sinceros sejam feitos. Abster de comentários inúteis é a melhor alternativa para quem não faz a menor idéia do quão importante é o dia de hoje.

Sortuda que quem, assim como eu, recebeu votos verdadeiros e ternuras que me dobraram em flor; mesmo com tanta asneira por ai. Ainda me restam pessoas doces. Teimosa, eu! Diria mais: teimosas, nós doces! Reclama não ouvido, chora não coração. São apenas homens... Amém!

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