segunda-feira, 2 de julho de 2007

“No tele-espaço pousado em cores no além
Brando, corpo celeste, meta metade
Meu santuário, minha eternidade
Iluminando o meu caminho e fim
Dando a incerteza tão passageira
Nós viveremos uma vida inteira
Eternamente...”


Entre os chãos, distância. E ela sorri como se pudesse observar o mundo sem ser percebida. E ela vê tudo, deixando o antigo olhar cansado das mesmices, para ver o que ela tanto deseja. Entre muitos, nada. No corpo um torpor. Ela sente seu rosto queimar e esta quentura desce milímetro por milímetro. Ela respira. Ela controla. Ela observa, após sorrir com a alma, e sente que tudo, antes, era nada. Entre nada, o dela. O destino enfeitado por flores, o dela... Deus brinca com os raios que caem seguidamente. Raio que transforma chuva em pó que cintila, naturalmente. E o tudo, antes nada, brilha tanto, que ela resolve se desfazer em todas as cores, juntas a se movimentar deixando a pele branca ao perceber que pode ver sem ser vista. Entre chão, entre muitos e entre nadas, o que é dela? O esconderijo secreto do olhar, espelhos e desejos. Felicidade sublime! Ela pode ver quando não se vê mais “os nadas”, nem os chãos, nem “os muitos”. Ela vê, com o coração, tudo! Ah! Os tremores, a fuga, e começo de sorriso final a acompanhá-la por todo o caminho de casa. Deus está nos detalhes e ela em oração.
Ela, meta-metade refeita em canto, encanto... vem andar e voa. Vem andar e voa.... voa!

Um comentário:

xyz disse...

Felicidade Sublime é ler isto ... com certeza! Me surpreendo por nunca ter procurado antes esse tipo de literatura ... e agora tenho gostado, tanto, tanto ...
Bjs