quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Caso existisse um horário para a loucura se apropriar do meu pensamento, este seria quando acordo. Que vida bela. Quanto sentimentalismo. É amor demais, como dito ao desconhecido, 90% de amor, 20% de sonhos e o que resta são as coisas casuais. Os atores mudaram, a cena é a mesma. Sempre será assim...

Essa loucura me dominando, e eu implorando para a razão me auxiliar. De nada vai adiantar gritos, minha realidade é o sonho e o que é impossível seria transpirar tal razão. Caso transpirasse, estaria negando-me ou aceitando todo esse lixo de auto-ajuda contra autodestruição. Como se amar destruísse alguma coisa. As coisas que caem com o amor já estão com suas bases frágeis. Sempre foi assim...

Discordo de Drummond, viver dói. E dói muito, mas ninguém nunca morreu da dor de viver. Ah vida bela. Ah vontade crescente. Balela minha essa de saber o que está por vir, o imprevisto se fez presente e me presenteou com mais um sabor novo. Sabor de? Macarrão e pasta de dente. Loucura. Sua louca...

Por enquanto serão pôr-do-sol, chuva e noites enluaradas, tudo muito egoísta e solitário, mas será assim. Acharam a fórmula de me enlouquecer pelo amor sem querer... e aqui estou, louca. Fora de mim. Perto das minhas flores novinhas em folha e meu coração “passarin” pousando de vagar em mais um canteiro (ou em um fio de alta tensão?).

Ubiratan diz: - De novo, não. Doce demais... Acho que vou vomitar.



Enfim, roubar coisas é uma malandragem mesmo. Roubei esses versos do desconhecido, que mesmo querendo amedrontar, não amedronta e vai me render algumas conversas únicas sem maiores pretensões. Exatamente o que eu precisava para distrair deste Id me guiando.


"Razão, de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro."
Bocage

Um comentário:

Unknown disse...

Nada amedronta o que é livre... pra seguir acreditanto no poder balsâmico da poesia e do sonho.
Amendrontar nunca foi a intenção!
Idéias solitárias buscando ecos, talvez. Só... sem maiores nem menores pretensões!