domingo, 3 de dezembro de 2006

Dialética

Cada vez mais me convenço disso. Mesmo com o mistério, mesmo com a música, mesmo o desejo pelo novo. Sinto-me assim, atada.
É uma falta de respeito da vida não nos informar por onde vamos e onde vamos chegar com isso tudo. Ah... Mas que triste saber o final e não ter o gostinho do desconhecido.
Se fossemos analisar tudo o que se passa em nossa mente, ficaríamos loucos. E um pouco de loucura é imprescindível.
A cada gesto novo, a lembrança de um antigo. A cada ritmo novo, o velho bolero vem à tona. A cada mergulho me falta o ar.
O que seria esse sentimento senão a parte mais feliz do sofrimento inato?
Ah céus! Esse tempo passa devagar. Essa espera não tem fim e o momento esperado vai passar tão rápido. E o que seria dessa incerteza sem o conforto da dialética?

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