quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Aproxima-se mais um carnaval, época de faz-de-conta. Tempo que as pessoas esquecem suas pequenas tragédias de lado e vão sambar. E mesmo com a minha reprovação, algo aqui dentro está a sambar. Dançando e cantando marchinhas, dando cambalhotas e se afastando cada vez mais do que era (ou se aproximando de tudo o que eu um dia desejei). Tive um sonho carnavalesco, com direito a mestre-sala e porta-bandeira meses antes do feriado propriamente dito. Bela roda de samba que deixou um rastro de saudade, um insuportável cheiro na memória e o infame molejo nos pés do que mora aqui dentro. Agora, eu que tanto neguei que sambaria novamente, sambo. Mas sambo sem música, sem estandarte... Sem mestre-sala. Faço companhia ao que zabumba esse coração e molejo sozinha porque é (e será por um bom tempo) época de faz-de-conta. Época de fazer de conta que não amo este samba e fechando os olhinhos pedir para que o inevitável desejo continue a sambar!

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