sábado, 3 de fevereiro de 2007

“Hortelã dos chás, dos beijos verdes
doida flor sem ter qualquer razão de ser
lógica das novas, das coisas novas
dos olhos verdes de quem (não) vê”





De longe se pode ver a espreita da oportunidade única. Como se comunicar imparcialmente quando se tem nas mãos um sentimento que não está com cara de que vai passar como essa chuvinha veranista?! Palavras... Palavras... Palavras. Antes não saber o que é, para não ser tentada a falar sobre. Queria ter a petulância de fazer poesia, seria mais fácil e menos constrangedor. Coração leviano. E eu que queria tanto, que tentei tanto e com tantos, encontrar o que agora sinto por alguém que nunca saberá (ou já sabe, ou não quer saber, ou alguma coisa que eu também não sei).
Mesmo com tanto passado, não saber como agir agora soa ingenuamente natural. Amor platônico aos vinte anos, coração vadio. Pensamentos usurpados, olhares longes e sorrisos aos ares. Arriscaria que isso é novidade demais e eu não vou conseguir. Nem seguir eu vou, nem ficar parada aqui, agarrada naquela tarde. Se ao menos eu conseguisse uma daquelas miradas que sem dizer nada, dizem tudo; mas aqueles belos olhos me botam um tremendo medo. Ah, coração inocente constrangendo o corpo que domina, revelando seus segredos...
Ah coração...

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