quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Marina às sete da manhã.

Minha alma gêmea esteve tão perto essa manhã. Coisa de engarrafamentos e trânsito pesado do centro, enquanto eu e meu humilde possante, estávamos atrás da minha alma gêmea. Um ser imponente com seu cigarro em seu possante não tão humilde, quanto o meu. Em quais ruas ela estaria vagando até parar ali, naquele sinal às sete da manhã? Surpresa boa seria se seus caminhos fossem os mesmos que os meus. E aparentemente eram, mesmo que figurados. Acelerando para não perdê-lo de vista, ultrapassando outros possantes e alguns velhos pensamentos, esperando parear no próximo sinal. Ah, essa alma gêmea caberia exatamente para esse momento. Pena que ela não via que eu estava ali, pertinho, no carro de trás. Fecha sinal. Vai sinalzinho, fecha?! E o sinal fechou... o carro pareou. Do lado de lá, um cigarro nas mãos, óculos escuros e um sorriso estonteante. Do lado de cá, um olhar acanhado e um sorriso tímido. Não acredito, um belo sorriso foi respondido por um sorriso tímido. Tarde demais, o sinal abriu. Eu virei a direita. Ele arrancou. Então eu voltei para minha busca real por minha (próxima) alma gêmea, enquanto esta alma gêmea momentânea seguiu seu caminho... Como todas as outras.

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